segunda-feira, 12 de maio de 2014

Caminhando e Cantando, e Segui ... (cantando não)

Passaram 196 dias desde o acidente, ou seis meses e pouco.

Estou conseguindo andar sem apoio, apesar de andar no estilo "ponto e vírgula". Ainda há alguma possibilidade de voltar ao trabalho no final do mês, mas isso é uma incógnita.

Tenho feito caminhadas em grupos de 300 metros, ninguém me passou essa distância (é meio difícil arrancar números do pessoal da área de saúde). O início da caminhada é mais pulado que andado, mas no percurso o pé vai se soltando e a caminhada vai melhorando, sendo que no final consigo uma marcha razoável, mas o passo quando o pé machucado está de apoio é bem mais curto.

Não tenho falado de algo muito importante no Blog, a fisioterapia.  Já estou beirando as 60 sessões, tenho feito três vezes por semana e iniciei antes de tirar a imobilização. Dentre todas essas sessões, duas são memoráveis, a primeira vez que dobraram meu joelho e senti uma dor com intensidade comparável à quando o médico puxou meu pé para encaixar no lugar. A outra foi na segunda vez que a fisioterapeuta mexeu para valer no meu pé; não foi tão ruim quanto o do joelho mas é o tipo de coisa que não vou esquecer tão cedo.

Eu iniciei o tratamento com uma fisioterapeuta muito gente boa, mas que gostava muito de conversar, o resultado é que alguns pacientes chegavam, pegavam o material, faziam o exercícios (que eram sempre os mesmos) e iam embora sem nem falar com a fisioterapeuta. Na clínica atual, a moça não é de muito papo, mas sempre acompanha o início dos exercícios, varia bastante eles e acompanha os momentos mais importantes (como durante a marcha).

Pelo que conversei, essas variações são bem comuns, portanto se achar que o tratamento não está adequado, mude de lugar.

Por outro lado, por melhor que seja a fisioterapia, o tempo da sessão é muito curto. É importante que as sessões sejam complementadas em casa.

sábado, 19 de abril de 2014

E Vamos Andar

Na última segunda-feira, com mais ou menos cinco meses e meio após o acidente, fui liberado para andar sem muleta.

Como a tropeçada acabou retrocedendo o processo em uns 15 dias, não vai dar para sair correndo, mas espero que até o começo do mês já esteja andando sem apoio. Hoje já estou conseguindo andar com uma muleta só, apesar de estar todo torto ainda.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Um Tropeção Durante a Recuperação

Na última terça-feira (01/04/14) eu estava na sala mexendo no notebook logo cedo, as atualizações que eu queria fazer não estavam dando certo, deixei baixando uns arquivos e fui para meu quarto.

Quando fui começar a "andar", a muleta enroscou no fio da fonte e me desequilibrei. Não cheguei a cair, mas acabei pisando com o pé machucado e ele ficou doendo bastante (uma dor como temos numa torção de pé).

Na quarta-feira acordei com dor, e achei melhor ir ao médico. No caminho fui pensando no que podia acontecer, e a possibilidade de perder 5 meses de tratamento, dor, fisioterapia e tudo mais me deu vontade de chorar, mas felizmente não aconteceu nada de mais grave.

Hoje é quinta-feira, já melhorou bastante a dor mas ainda não chegou na condição que estava antes da pisada. Ontem deveria ter iniciado o treino de marcha com uma muleta só, mas infelizmente ele vai ter de ser adiado por mais uns dias. De qualquer forma, perder uma semana não é nada se comparado à perder 5 meses.

PS.: O notebook não sofreu nada.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Consulta do Mês

Hoje, quatro meses e uma semana pós cirurgia tive uma nova consulta.

Eu tinha melhores expectativas, acreditava que seria liberado de uma muleta, mas não aconteceu. Os ossos ainda estão muito porosos, então o médico falou para continuar pisando com a ponta do pé, com carga de 15 kg, e daqui duas semanas pisar com todo o pé com carga de 30 kg.

Continua a esperança de voltar a trabalhar em dois meses, vamos ver.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O Tal do INSS

Hoje fui fazer a perícia de prorrogação do auxílio-doença, e o perito acabou me dando um mês a mais do que meu médico havia recomendado. Meu benefício foi estendido até 31/05.

O valor do benefício vai depender das contribuições que foram feitas. No meu caso, como passei um tempo pagando como autônomo e não contribuía pelo teto (na época da faculdade pagava o mínimo), meu salário foi muito reduzido.

As perícias foram tranquilas, levei todos raio-x, tomografias e ressonâncias desde o acidente com exceção do primeiro raio-x que não consegui pegar no hospital.

Na primeira perícia, não tinha muitos exames, o médico deu uma olhada na papelada e como eu estava com tala gessada ele só deu uma olhada meio de lado na cicatriz do joelho. Meu médico havia indicado 90 dias, mas o perito deu o benefício por 4 meses.

Agora na perícia de prorrogação, eu levei uma sacola cheia de exames, mas ele só olhou o último raio-x. Também olhou a carta do meu médico que indicava seis meses de tratamento (o que daria final de abril), e me pediu o cartãozinho de agendamento da fisioterapia que tem consultas marcadas até 12/03. Examinou rapidamente o pé e o joelho, comentou da musculatura que atrofia,e encostou a mão para sentir se estava quente. O benefício foi estendido até o final de maio.

Tenho esperanças de estar bem até o final de abril, e se isso acontecer, vou tentar antecipar o fim do auxílio doença e minha volta ao trabalho.

Lição aprendida: ter um dinheiro guardado, pois o benefício do INSS demora um pouco a começar a ser pago, e a não ser que seu salário nos últimos (vários) anos tenha sido estável, haverá diferenças entre seu salário e o benefício.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Hora de Colocar o Pé no Chão

Três meses e meio após o acidente, hoje fui liberado para começar a pisar.

O médico prevê mais um mês usando as duas muletas, e pisando só com a ponta do pé (gradualmente posso ir pisando com o calcanhar). Depois disso, fico usando apenas uma muleta por um mês, para finalmente voltar a andar sem apoio.

Continuo fazendo fisioterapia três vezes por semana, e faço os exercícios em casa duas vezes por dia. O joelho está dobrando um pouco mais que 90°, mas está muito resistente em passar disso. Do pé, a fisio continua bem leve, mas creio que os exercícios deve ficar um pouco mais pesados agora.

Vou mudar a clínica onde faço a fisio, pois o táxi está saindo "salgado" demais, a nova clínica está bem recomendada, vamos ver no que dá.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Sem Pino!!!



Uma semana após o pedido já estava com o resultado da tomografia em mãos, e consegui entregar ao médico, adiantando em duas semanas a consulta (a próxima semana ele vai tirar de férias).
A consulta dessa vez foi na sala de fisioterapia, o que foi bem legal, pois a fisioterapeuta deu uma olhada nos exames e já me explicou algumas coisas. Na opinião dela não seria necessária a colocação de pino, o que foi confirmado logo depois pelo médico. [Ufa, mais uma vez escapo de cirurgia \o/]
De brinde, o médico também me dispensou do uso do robofoot.
A fisioterapeuta o acompanhou verificando os resultados, e levantou o que podia ser feito de fisioterapia no pé (semana passada ela já estava doidinha para colocar meu pé em movimento, mas o médico cortou o barato dela). Vou ter de mexer muito os dedos (desde a cirurgia todo mundo manda mexer os dedos, a fisioterapeuta me lembra disso toda hora pois há um risco de trombose se ficar muito parado), também tenho de mexer o pé para cima e para baixo (após dois meses e meio com ele paradinho, o máximo que consegui foram alguns músculos ameaçando contrair, mas isso é normal).

Água no Pé



Após mais de dois meses meu pé vai ver água. Depois de um pouco de água jogada, começa a soltar a pele das bolhas formadas antes da cirurgia, aquela pele amarelo-esverdeada começa a ir embora, uma boa parte sai na primeira rodada.
Nos três primeiros banhos quase toda a pele morta das bolhas acaba saindo, o pé continua feinho, mas cada dia melhora um pouco.

A Retirada dos Fios de Kirschner



Quando eu vi os fios pela primeira vez, tive certeza que teria de voltar ao hospital para retirá-los sob efeito de anestesia, melhor ainda se sob anestesia geral. Para meu desespero descobri que a retirada dos fios era feita na clínica e sem nenhum tipo de anestesia.
Em minhas pesquisas na internet todos diziam que a remoção dos fios não doía no máximo se sentia um ardor. Como qualquer pessoa que tem vários ferrinhos encravados no meio dos ossos, não acreditei nem um pouco na internet (meu lado racional até acreditava, mas o emocional não).
Chega o dia, dois meses após a cirurgia lá vou eu pra salinha do gesso, onde eu sempre era atendido. A enfermeira tirou a tala me deixou esperando o médico.
Logo depois chega o médico, coloca luva, joga algum produto no pé para matar os bichinhos e dar uma limpadela, pega um alicatinho de bico o qual está meio pretejado e em piores condições que os meus (ele havia deixado os fios com uma dobra para facilitar a pega, e como está tudo externo ao corpo, mesmo que o alicate estivesse todo enferrujado não haveria problema).
Como bom macho que sou não olhei ele puxar nenhum dos fios, mas por mais inacreditável que seja, a saída do fio realmente não dói, nem mesmo o ardor citado pela maioria do pessoal na internet eu senti. Porém, em alguns fios foi necessário aplicar bastante força, a qual é transmitida ao pé que estava bastante sensível e acabou doendo um pouco (mas foi o movimento do pé, e não a saída do fio que doeu).
Saiu bastante sangue, a enfermeira colocou algumas gazes nos furinhos e enfaixou. Quando eu estava me levantando para sair, um dos pontos já havia ensopado a gaze e foi necessário colocar mais gaze e mais faixa.
O médico disse para deixar as gazes por dois dias, a fim de dar tempo para a cicatrização.
Ele também pediu uma tomografia para avaliar a necessidade de colocar pino fixo no tálus.
Eu tinha esperanças de que neste dia seria liberado para começar a colocar o pé no chão (com carga parcial), o que infelizmente foi adiado em um mês. De qualquer forma, ele me passou o robofoot e agora eu poderia lavar meu querido pezinho.

Primeiro Raio-X Pós Cirurgia



Cerca de um mês e meio após a cirurgia fiz meu primeiro raio-x, e ele trouxe boas notícias, o tálus já apresentava o sinal de Hawkins (http://www.clinicaecirurgiadope.com.br/artigo/24), indicando que havia circulação de sangue no tálus afastando a necessidade de travar o pé.

Sei que comparado a outros problemas (ficar numa cadeira de rodas, por exemplo, o que no meu tombo não teria sido tão difícil de acontecer), o travamento do pé não é nada, mas estava muito preocupado e foi um tremendo alívio a notícia. Não sei se é possível dirigir com o pé travado, ou se seria necessário um veículo adaptado (automático e com os pedais invertidos), creio que o caminhar fica prejudicado, enfim, não faltaram coisas ruins para pensar nesse meio tempo.

Neste dia o médico me passou a guia para começar a fazer fisioterapia no joelho.

A próxima consulta foi marcada para três semanas depois, quando seriam retirados os fios, e confirmando meu temor isso seria feito na clínica.

Recuperação Leeeeenta



Tudo correu normalmente nos primeiros dias, tinha um anti-inflamatório e tylenol para tomar, de vez em quando o pé resolvia doer, em especial à noite, mas tudo administrável.
Tive retorno ao médico após uma semana (agora na clínica), e apesar da (péssima) aparência do pé, estava tudo dentro da normalidade.
Mais quinze dias depois, tive outro retorno e tudo continuava normal.
Não me lembro em qual consulta exatamente, mas em algum momento a dor começou a ficar bastante intensa à noite. Consegui um analgésico mais forte que havia sobrado da minha tia, e depois numa consulta, falei com o médico desse aumento de dor, pedi um remédio mais forte e ele me passou exatamente o que eu já havia tomado (de médico e louco todo mundo tem um pouco).
Também não sei exatamente em qual momento foi, mas o médico me informou que caso o sangue não voltasse a circular no tálus, seria necessário colocar uma placa que deixaria o pé completamente travado. Pesquisando na internet (ele me passou os itens que eu deveria pesquisar, fratura de calcâneo e fratura de colo de tálus) descobri que a vascularização do tálus é muito sensível, o que associado a outras características faz com que essas fraturas sejam bastante graves (http://www.clinicaecirurgiadope.com.br/artigo/24).