Chegando à emergência do hospital da Unimed em Sorocaba, as
cadeiras estavam todas cheias, e eu sem conseguir andar, ficava pulando para me
locomover. Felizmente a recepcionista já me chamou para a mesa dela, fez os
procedimentos iniciais, me arrumou uma cadeira de rodas e me encaminhou para a
triagem.
Passagem rápida pela triagem e me encaminharam para o
ortopedista. Não demorou muito ele me chamou, deu uma olhada e pediu raio-x.
Fiquei um tempo (creio que uns 45 minutos) até me chamarem,
fiz o raio-x e voltei para as proximidades da sala do médico para aguardar que
o exame chegasse a ele. Ele olhou, já diagnosticou a fratura do calcâneo e do tálus,
e me disse que ambas as fraturas eram casos cirúrgicos e dificilmente eu voltaria
ao trabalho naquele ano (depois descobri que se tratava de uma fratura
múltipla, bem complicada, os ossos se quebraram em várias partes).
Após o raio-x, o médico pediu uma tomografia. Me deixaram
esperando numa salinha de inalação e cerca de duas horas depois me chamaram
para fazer o exame. Faço a tomografia, volto para a salinha de inalação, mais
duas horas de espera e o resultado sai.
Volto ao médico, que já era outro, ele vê os resultados e me
manda para fazer a imobilização. Após cerca de seis horas desde a chegada ao
hospital, tomo os primeiros medicamentos e depois de dar um tempinho para que
os analgésicos fizessem efeito, vem o médico para colocar meu pé no lugar. Como
esse é um blog de família não vou citar nenhum palavrão, mas com analgésico e
tudo foi a maior dor que senti na minha vida.
Fui então para a enfermaria aguardar a liberação de um
quarto (nesse momento, na verdade ainda não estava muito claro se eu ia ficar
internado ou não) e quando o analgésico começou a pensar em parar de fazer
efeito meu pé começou a doer, e como doía. Quando vi que o sofrimento não ia
passar tão cedo, pedi à enfermeira mais analgésico, mas descobri que já havia
tomado tudo que eu tinha “direito” e iria levar algumas horas até poder tomar
mais alguma coisa.
Depois de algumas horas a enfermeira veio para me levar ao
quarto. Ao passar para a cadeira de rodas um milagre, a dor praticamente
passou. Subimos para o quarto e, quando estávamos saindo do elevador, como numa
típica cena de filme pastelão, a porta começou a fechar bem na direção do meu
pé que estava esticado, mas felizmente o sensor da porta estava funcionando e
ela se abriu novamente.
Chegamos ao quarto e eu agradeci a Deus por ter pagado um
plano de saúde que dava direito à apartamento, bem espaçoso, uma TV de LED, uma
meia dúzia de canais de TV paga mais os da aberta.
Fui para cama, que tinha regulagem de tudo que é jeito, a
enfermeira me acomodou e volta a dor com todo o gosto não importava a posição
que eu ficasse. Pedi novamente mais analgésico, e novamente fui informado que
ainda não podia tomar, também pedi para voltar para a cadeira de rodas, mas não
colou também. Se não me engano, por volta de 1 da manhã veio o meu tão esperado
analgésico e eu consegui dormir tranquilamente.
Já não me lembro de muitos detalhes deste período, mas até
onde lembro as dores foram amenas. Dois ou três antes da cirurgia comecei a
tomar soro o tempo todo (um saco ficar com aquele negócio pendurado no braço direto).
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