quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O Dia Seguinte



Na manhã após a cirurgia havia um pouco de sangue na tala, bem como no travesseiro que apoiava meu pé.
O médico veio me ver ainda na parte da manhã, disse que cirurgia havia corrido bem, que tinha ficado alguns fios no meu pé pois não havia estrutura para colocar pino, e pediu para trocarem a tala e o curativo. Também me disse que havia um fragmento de osso solto da minha patela, e que ele havia aberto meu joelho para retirá-lo (eu tinha ficado um pouco surpreso quando vi que tinham feito cirurgia no meu joelho também).
Imaginei que os fios seriam algo como a linha de sutura, e não entendi porque eles haviam ficado expostos (bem igual criança que tenta entender algo completamente novo e viaja na maionese). Com o tempo descobri que se tratava de fios de Kirschner, acho muita modéstia chamá-los de fios, na verdade são arames rígidos parecidos com os usados em espirais de caderno, e que no meu caso tinham 2,5 e 3,0 mm de espessura.
Foram colocados três “fios” na parte superior do pé, três na região do calcanhar e mais um avulso na parte inferior.
Mais para o final da tarde fui para a emergência para refazer a tala/curativo, e novamente volto de lá com muita dor. Minha namorada tinha vindo me visitar e eu mal consegui conversar com ela. Pedi analgésico para a enfermeira, e ela me deu um comprimido de tylex apesar de eu avisar que ele não daria conta do problema.
Como eu sabia, o tylex não fez nem cócegas na dor. Algumas horas depois eu consegui convencer o pessoal que precisava tomar algo, e finalmente me trouxeram um analgésico que deu conta da dor e eu consegui dormir.

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